Memori@s

Ponto de comunicação e registros de neuronios inquietos

Pressão no trabalho faz parte saiba como lidar com ela.

As empresas estão investindo, cada vez mais, na qualidade de vida dos seus funcionários, e dentro deste investimento está o desenvolvimento de líderes que consigam descobrir, desenvolver, motivar e reter talentos. O estilo de liderança atinge diretamente a qualidade de vida da empresa, chegando a determinar o grau de estresse da equipe e dos colaboradores, individualmente.

Pesquisas do Grupo Catho já demonstraram que nem só a remuneração faz o funcionário feliz, aliás, a satisfação é tão importante quanto o ganho: 57,2% dos executivos acima de 40 anos afirmam que a sua principal causa de descontentamento é o trabalho. Esta insatisfação costuma aparecer porque a realidade não condiz com os objetivos traçados anteriormente pelo profissional.

Nestas pesquisas, nove fatores foram apontados como influenciadores diretos na satisfação do executivo, e a maior parte deles diz respeito ao clima na empresa:

perspectivas de progresso na empresa para os próximos três anos (26%)
clima organizacional na empresa (20,7%)
remuneração (12,8%)
estilo de processo decisório (8,3%)
solidez financeira do empregador (7,1%)
benefícios oferecidos (7%)
grau de estresse (6,7%)
local de trabalho (6,1%)
suporte secretarial (5,8%)

O líder deve estar ciente de todos estes fatores e desenvolver o seu trabalho em cima da possibilidade de aproveitamento e otimização deles.

Valmir Deschamps é líder de Talentos e Serviços da Sênior Sistemas Ltda. há três anos e meio. Na empresa há cinco, completados no último dia quatro de outubro, Valmir trabalhava anteriormente com a implantação de sistemas, e hoje desenvolve um trabalho semelhante ao da área de recursos humanos de uma empresa, incluindo treinamento, recrutamento, seleção, remuneração e atividades do departamento pessoal. Seu cargo é de supervisão, e ele trabalha com uma equipe de sete pessoas diretamente sob seu comando.

Mostramos ao Valmir os dados dos nossas pesquisas e conversamos com ele sobre como lidar com o trabalho sob pressão:

C&S – Como a pessoa pode perceber que está trabalhando sob pressão?

A pessoa começa a perceber que está sendo pressionada quando não dá conta do que tem para fazer. Começa a desenvolver várias atividades ao mesmo tempo e não consegue finalizá-las. Neste caso, é hora de parar e reavaliar a situação, o emprego e o chefe.

C&S – As pesquisas do Grupo Catho mostram que apenas 1,3% dos homens e 1,5% das mulheres em funções executivas trabalham sem estresse. O trabalho sob pressão é uma forma de estresse?

Sim, e geralmente o estresse ocorre em virtude da pressão para o cumprimento de prazos nas atividades do dia-a-dia. Quando a pressão aumenta, gera conseqüências negativas e vira estresse. É certo que a grande maioria dos profissionais precisa de estímulo para trabalhar e para se desenvolver, mas este impulso deve ser positivo, e não negativo ou estressante, principalmente com relação aos profissionais em nível de decisão na empresa, ou seja, líderes, independentemente da área de atuação.

C&S – A mulher, ainda segundo as pesquisas do Grupo Catho, sofre mais estresse no trabalho do que o homem. Na sua opinião, isso está ligado à cobrança da sociedade em relação ao desempenho da mulher em comparação ao do homem?

As mulheres têm mais habilidades do que os homens para desenvolver certas atividades. Elas, geralmente, são mais atentas, mais perfeccionistas e cobram mais; são mais detalhistas. Um exemplo de segmento em que as mulheres costumam se destacar é a área financeira, pois as mulheres têm mais condições de negociação e mais atenção.

C&S – Stephen Cohen, médico americano pesquisador sobre o assunto, diz que a melhor atitude para evitar pressão e, conseqüentemente, desequilíbrio, é manter a neutralidade. Como tentar fazer isso em situações extremas?

Acredito que é importante manter a neutralidade e acredito que este exemplo deve partir do líder, ou seja, líder equilibrado, funcionário equilibrado. É importante passar isso para o grupo ouvindo e argumentando sempre. O líder deve ser o exemplo. E para manter a neutralidade em situações extremas a pessoa precisa se conhecer e gerenciar seus sentimentos e emoções.

C&S – Administrar bem o tempo pode diminuir a pressão no trabalho?

Pode, com certeza. Aliás, a administração do tempo é fundamental para quem quer atingir a neutralidade citada acima. Com tanta tecnologia e tantas ferramentas que temos a nossa disposição atualmente, a administração do tempo é fundamental para diminuir a pressão. O segredo é priorizar as coisas. Na maioria das vezes, é possível fazer isso sozinho. Caso contrário, o profissional pode contar com a ajuda do departamento de recursos humanos da empresa por meio de treinamentos. O superior também pode ajudar, identificando os pontos a serem desenvolvidos pelo profissional. Se optar for fazer esta administração sozinho, a pessoa deve começar analisando o contexto geral do seu trabalho atual, coisas pendentes etc. Também é importante aprender a desenvolver projetos dentro de prazos e metas reais.

C&S – E encarar as situações com bom humor e otimismo, ajuda?

Ajuda e, mais do que isso, é fundamental. Pesquisas indicam que atualmente as empresas procuram pessoas com bom humor, o que não significa dizer que a vaga em aberto é para um "palhaço" no setor, mas sim alguém que tenha otimismo e criatividade. É uma tendência de mercado.

C&S – Você já vivenciou algum caso de trabalho sob pressão?

Acho que um exemplo comum de trabalho sob pressão são as negociações que as empresas, mais exatamente os departamentos de recursos humanos, mantêm constantemente com os sindicatos. Negociar prazos, porcentagens de pagamentos, reclamatórias trabalhistas, ou seja, tudo que envolve um alto nível de emoção. As duas partes tentam mostrar a realidade e, neste momento, fica muito fácil aparecer a pressão, geralmente incluindo prazos apertados e inflexíveis.

C&S – Existem maneiras de detectar isso durante uma entrevista de emprego, ou seja, perceber se determinada função, empresa ou chefe costumam exercer pressão sob seus funcionários?

Normalmente, a empresa não abre muito sobre estes detalhes no momento da entrevista, fechando a guarda sobre a vaga em aberto, o superior em questão ou as atitudes da empresa. Cabe ao candidato perceber sinais disso em pequenos detalhes, sempre questionando características do ambiente organizacional, das atividades a serem desenvolvidas com relação àquela vaga ou dos projetos futuros da empresa.

C&S – Algumas empresas passaram a se preocupar com o rendimento e a produtividade dos funcionários. Podemos afirmar, então, que existe a tendência de que a pressão no trabalho entre em extinção?

Não sei, prefiro arriscar que é uma tendência a ser trabalhada. Acredito que pela quantidade de ferramentas que temos hoje a nossa disposição, será possível transformar este fator em positividade, ou seja, que isso passa a ser sinônimo de facilidade em vez de sinônimo de pressão. A pressão tende a ser tornar uma coisa natural, e o segredo é aprender a lidar com ela de forma diferenciada.

C&S – Como diferenciar se a pressão tem ou não razão de existir?

Acredito que precisa ser feita uma análise dos pontos positivos e negativos do dia-a-dia do profissional. Pessoas com perfis diferentes lidam de maneira diferente com as situações. Existem perfis diferentes dentro de uma organização. Alumas pessoas conseguem gerenciar com tranqüilidade as tarefas passadas pelo líder, entregando-a dentro do prazo estipulado. E isso tem muito a ver com as características pessoais de cada um. Em contrapartida, tem gente que só funciona sob pressão.

C&S – Isso quer dizer que existe uma pressão positiva, ou seja, um tipo de empurrão para a descoberta de talentos?

Sim, esta afirmativa é verdadeira e interessante. E geralmente ocorre diante de atividades fundamentais. Normalmente as pessoas respondem aos estímulos naturalmente, e os chefes percebem isso com facilidade. O lado positivo da pressão é fazer elogios e promover as pessoas. Já vi resultados positivos a partir disso, como áreas pequenas que começaram a evoluir e dar resultados, a descoberta de líderes, tudo perceptível em virtude de características expostas no dia-a-dia.

C&S – Mas muitas vezes, a pressão é exercida com a função de "fritar" o funcionário. Por exemplo, quando o superior pede, conscientemente, trabalhos com prazos impossíveis de serem cumpridos. O que fazer neste caso?

Acho que isso só é possível de ser identificado por meio de questionamentos feitos à liderança e às pessoas do ambiente de trabalho. Assim, é possível traçar um comparativo das observações feitas. Vale prestar atenção também nas mudanças de comportamento do líder, pois em alguns casos podem ficar evidentes alguns movimentos retrógrados por parte dele.

Leia mais sobre este assunto na edição 42 do jornal Carreira & Sucesso, numa matéria sobre qualidade de vida:
Qualidade de vida – Como aliviar sua rotina de trabalho

Ana Paula Ruiz é repórter do jornal Carreira & Sucesso.
Fonte: COMO LIDAR COM O TRABALHO SOB PRESSÃO – Entrevista - Jornal Carreira e Sucesso

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